Eu precisava de um motivo pra tentar, pra não desistir, pra aguentar a barra, segurar firme. Eu precisava de um motivo pra querer, pra não olhar para trás, pra seguir em frente. Adivinha? Eu não tive motivos. Não há nada que me faça querer estar aqui, nada que me motive a tentar, nada que me faça pensar um pouco mais, nada que me impeça de correr riscos indevidos e em fim… Nada que me soe como um “não desiste, eu estou aqui por você.” Pensei que de tanto cair já houvesse aprendido a levantar, que de tanto trombar com os demais já havia aprendido a pedir desculpas e me recolher, que de tanto errar já havia aprendido a virar a página e que de tanto me despedir já houvesse aprendido a dizer tchau, a ver as pessoas indo e vindo como se meu coração fosse uma porta giratória. Me equivoquei, não aprendi nada, ainda dói como se fosse a primeira vez. Agora não há nada nem ninguém, só eu por mim, como sempre deveria ter sido. A ausência evita perdas e assim eu me pergunto: Será melhor viver sozinho?